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Sumário

1. História

História (do grego antigo ἱστορία, transl.: historía, que significa "pesquisa", "conhecimento advindo da investigação") é o estudo e a documentação sistemática do passado humano. O período de acontecimentos anteriores à invenção dos sistemas de escrita é considerado pré-história. "História" é um termo abrangente que abarca eventos passados, bem como a memória, a descoberta, a coleção, a organização, a apresentação e a interpretação destes eventos. Os historiadores buscam o conhecimento do passado usando fontes históricas, como documentos escritos, relatos orais, arte e artefatos materiais e marcadores ecológicos. A história é uma disciplina acadêmica que utiliza uma narrativa para descrever, examinar, questionar e analisar eventos passados e pesquisar seus padrões de causa e efeito. Os historiadores debatem qual narrativa explica melhor um evento, assim como o significado das diferentes causas e efeitos, a natureza da história como um fim em si mesma e a sua utilidade para dar perspectiva aos problemas do presente. Histórias comuns a uma determinada cultura, mas que não são apoiadas por fontes externas (como os contos que cercam o Rei Artur), são geralmente classificadas como patrimônio cultural ou lendas. A história difere do mito porque é apoiada por evidências verificáveis. No entanto, influências culturais antigas ajudaram a criar interpretações variáveis da natureza da história, que evoluíram ao longo dos séculos e continuam a mudar atualmente. O estudo moderno da história é amplo e inclui a pesquisa de regiões específicas e de certos elementos tópicos ou temáticos da investigação histórica. A história geralmente é ensinada como uma disciplina parte do currículo do ensino primário e secundário, mas o estudo acadêmico da história também é uma disciplina importante no ensino superior.Heródoto, um historiador grego do século V a.C., é frequentemente considerado o "pai da história", como um dos primeiros historiadores da tradição ocidental, embora tenha sido criticado como o "pai das mentiras". Junto com seu contemporâneo Tucídides, ele ajudou a formar as bases para o estudo moderno de eventos e sociedades passadas. Suas obras continuam a ser lidas atualmente e a lacuna entre Heródoto, com foco na cultura, e Tucídides, com foco militar, continua sendo um ponto de discórdia ou abordagem na escrita histórica moderna. No Leste Asiático, uma crônica estatal, os Anais de Primavera e Outono, tinha a reputação de datar de 722 a.C., embora apenas textos do século II a.C. tenham sobrevivido. Descrição

História de Frederick Dielman (1896)

Os historiadores escrevem no contexto do seu próprio tempo e tendo em devida conta as ideias atualmente dominantes sobre como interpretar o passado e, por vezes, escrevem para fornecer lições para a sua própria sociedade. Nas palavras do historiador italiano Benedetto Croce: “Toda história é história contemporânea”. A história é facilitada pela formação de um “verdadeiro discurso do passado” através da produção de narrativas e análises de acontecimentos passados relativos à espécie humana. Todos os eventos que são lembrados e preservados de alguma forma autêntica constituem o registro histórico.[20] A tarefa do discurso histórico é identificar as fontes que podem contribuir de forma mais útil para a produção de relatos precisos do passado. Portanto, a constituição do arquivo do historiador é o resultado da circunscrição de um arquivo mais geral, invalidando o uso de certos textos e documentos (falsificando as suas pretensões de representar o “verdadeiro passado”). Parte do papel do historiador é usar de forma hábil e objetiva as muitas fontes do passado, mais frequentemente encontradas nos arquivos. O processo de criação de uma narrativa gera inevitavelmente debate, à medida que os historiadores relembram ou enfatizam diferentes acontecimentos do passado. O estudo da história às vezes foi classificado como parte das humanidades, outras vezes como parte das ciências sociais. Pode ser visto como uma ponte entre essas duas grandes áreas, incorporando metodologias de ambas. Alguns historiadores apoiam fortemente uma ou outra classificação. No século XX, a Escola dos Annales revolucionou o estudo da história, ao usar disciplinas externas como economia, sociologia e geografia no estudo da história global. Tradicionalmente, os historiadores registram acontecimentos do passado, quer por escrito, quer através da transmissão de uma tradição oral, e tentam responder a questões históricas através do estudo de documentos escritos e relatos orais. Desde o início, os historiadores usaram fontes como monumentos, inscrições e imagens. Em geral, as fontes do conhecimento histórico podem ser separadas em três categorias: o que está escrito, o que é dito e o que é preservado fisicamente, e os historiadores consultam frequentemente todas as três. A arqueologia é especialmente útil para desenterrar locais e objetos enterrados, que contribuem para o estudo da história. Os achados arqueológicos raramente são isolados, com fontes narrativas complementando suas descobertas. As metodologias e abordagens da arqueologia são independentes do campo da história. A arqueologia histórica é um ramo específico da arqueologia que frequentemente contrasta suas conclusões com as de fontes textuais contemporâneas. Existem diversas formas pelas quais a história pode ser organizada, inclusive cronologicamente, culturalmente, territorialmente e tematicamente. Estas divisões não são mutuamente exclusivas e existem interseções significativas. É possível que os historiadores se preocupem tanto com o muito específico como com o muito geral, embora a tendência tenha sido para a especialização. A área denominada Grande História resiste a esta especialização e busca padrões ou tendências universais. A história tem sido frequentemente estudada com algum objetivo prático ou teórico, mas pode ser estudada por simples curiosidade intelectual.[29]

Pré-história

A história humana é a memória da experiência passada do Homo sapiens sapiens em todo o mundo, tal como essa experiência foi preservada, em grande parte em registos escritos. Por "pré-história", os historiadores entendem a recuperação do conhecimento do passado numa área onde não existem registos escritos, ou onde a escrita de uma cultura não é compreendida. Ao estudar pinturas, desenhos, esculturas e outros artefatos, algumas informações podem ser recuperadas mesmo na ausência de registro escrito. Desde o século XX, o estudo da pré-história é considerado essencial para evitar a exclusão implícita da história de certas civilizações, como as da África Subsaariana e da América pré-colombiana. Os historiadores do Ocidente têm sido criticados por se concentrarem desproporcionalmente no mundo ocidental. Em 1961, o historiador britânico E. H. Carr escreveu: A linha de demarcação entre os tempos pré-históricos e históricos é cruzada quando as pessoas deixam de viver apenas no presente e passam a interessar-se conscientemente tanto pelo seu passado como pelo seu futuro. A história começa com a transmissão da tradição; e tradição significa levar os hábitos e lições do passado para o futuro. Registros do passado começam a ser mantidos para o benefício das gerações futuras.

Historiografia

A historiografia tem vários significados relacionados. Em primeiro lugar, pode referir-se à forma como a história foi produzida: a história do desenvolvimento de metodologias e práticas (por exemplo, a passagem de uma narrativa biográfica de curto prazo para uma análise temática de longo prazo). Em segundo lugar, pode referir-se ao que foi produzido: um corpo específico de escritos históricos (por exemplo, "historiografia medieval durante a década de 1960" significa "Obras de história medieval escritas durante a década de 1960"). Em terceiro lugar, pode referir-se à razão pela qual a história é produzida: a filosofia da história. Como uma análise das descrições do passado, esta terceira concepção pode relacionar-se com as duas primeiras na medida em que a análise geralmente se concentra nas narrativas, interpretações, cosmovisão, uso de evidências ou método de apresentação de outros historiadores. Há debate acadêmico sobre se a história pode ser ensinada como uma narrativa única e coerente ou como uma série de narrativas concorrentes.
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2. Tecnologia

A tecnologia evoluiu de forma impressionante nas últimas décadas. Com a chegada da internet, a maneira como nos comunicamos, trabalhamos e estudamos mudou completamente. Dispositivos móveis, inteligência artificial, computação em nuvem e robótica são apenas alguns exemplos de como a tecnologia está presente em nosso dia a dia. A cada ano, novas descobertas transformam indústrias inteiras e criam oportunidades antes impensáveis. A tecnologia também levanta questões éticas e sociais importantes, como privacidade, segurança digital e inclusão. Tecnologia (do grego "τέχνη": "técnica, arte, ofício" e "-λογία": "estudo") é o conjunto de processos e habilidades usados na produção de bens ou serviços, ou na realização de objetivos, como em investigações científicas. Isso também pode ser embutido em máquinas para permitir a operação destas sem conhecimento detalhado do funcionamento. Sistema tecnológico (ou computacional) que através do input de dados, faz à análise destes e, então produz um resultado. A forma mais simples de tecnologia é o desenvolvimento e a utilização de ferramentas básicas.A descoberta pré-histórica de como controlar o fogo e a subsequente Revolução Neolítica aumentaram a disponibilidade de fontes de alimento, enquanto a invenção da roda auxiliou humanos a viajar, transportar cargas e controlar seu ambiente. Desenvolvimentos ao longo da história, como a prensa móvel, também conhecida como impressora, o telefone e a Internet diminuíram as barreiras físicas da comunicação e permitiram que os humanos interagissem livremente em uma escala global. Entre os efeitos da tecnologia estão o desenvolvimento de economias mais avançadas (incluindo a atual globalização econômica) e o aparecimento dos bens de Veblen. Muitos processos tecnológicos produzem produtos indesejados, conhecidos como poluição, e consomem recursos naturais não renováveis que afetam o meio ambiente da Terra. Inovações sempre influenciaram os valores de uma sociedade e levantaram novas questões na ética da tecnologia. Exemplos incluem o aparecimento da noção de eficiência em termos de produtividade humana e os desafios da bioética. O uso da tecnologia também provoca debates filosóficos onde se discute se a tecnologia melhora a condição humana ou a piora. O Neoludismo, Anarco-primitivismo e outros movimentos reacionários similares criticam a difusão da tecnologia, argumentando que ela prejudica o meio ambiente e aliena pessoas. Já os proponentes de ideologias como o Transumanismo e o Tecnoprogressivismo enxergam o progresso tecnológico contínuo como benéfico para a sociedade e para a condição humana.

Definição e uso

A tecnologia pode ser mais amplamente definida como as entidades, materiais e imateriais, criadas pela aplicação do esforço mental e físico para obter algum valor. Nesse uso, a tecnologia se refere a ferramentas e máquinas que podem ser usadas para resolver problemas do mundo real. É um termo de longo alcance que pode incluir ferramentas simples, como um pé de cabra ou colher de pau, ou máquinas mais complexas, como uma estação espacial ou um acelerador de partículas. Ferramentas e máquinas não precisam ser materiais; a tecnologia virtual, como software e métodos de negócios, se enquadra nessa definição de tecnologia. W. Brian Arthur define a tecnologia de maneira igualmente ampla como "um meio de cumprir um propósito humano".A palavra "tecnologia" também pode ser usada para se referir a uma coleção de técnicas. Nesse contexto, é o estado atual do conhecimento da humanidade de como combinar recursos para produzir produtos desejados, resolver problemas, atender necessidades ou satisfazer desejos; inclui métodos técnicos, habilidades, processos, técnicas, ferramentas e matérias-primas. Quando combinado com outro termo, como "tecnologia médica" ou "tecnologia espacial", refere-se ao estado do conhecimento e das ferramentas do respectivo campo. "Estado da arte" refere-se à alta tecnologia disponível para a humanidade em qualquer campo. A tecnologia pode ser vista como uma atividade que forma ou muda a cultura. Além disso, a tecnologia é a aplicação da matemática, da ciência e das artes em benefício da vida como é conhecida. Um exemplo moderno é o surgimento da tecnologia de comunicação, que diminuiu as barreiras à interação humana e, como resultado, ajudou a gerar novas subculturas; o surgimento da cibercultura tem como base o desenvolvimento da Internet e do computador.[7] Nem toda tecnologia aprimora a cultura de maneira criativa; a tecnologia também pode ajudar a facilitar a repressão política e a guerra por meio de ferramentas como armas. Como atividade cultural, a tecnologia antecede a ciência e a engenharia, cada uma das quais formaliza alguns aspectos do esforço tecnológico.
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3. Educação

A educação é uma das principais ferramentas para o desenvolvimento de uma sociedade. Com ela, é possível formar cidadãos conscientes, críticos e capacitados para enfrentar os desafios do mundo moderno. Atualmente, métodos de ensino têm se diversificado com o uso da tecnologia. Plataformas de ensino a distância, vídeos educativos e gamificação tornaram o aprendizado mais dinâmico e acessível. Além disso, a educação é um direito fundamental garantido por lei, sendo essencial para a construção de um futuro melhor para todos. A educação é uma atividade proposital direcionada para atingir determinados objetivos, como transmitir conhecimentos ou promover habilidades e traços de caráter. Esses objetivos podem incluir o desenvolvimento da compreensão, racionalidade, bondade e honestidade. Vários pesquisadores e filósofos pensam e enfatizam o papel do pensamento crítico para distinguir educação de doutrinação. Alguns teóricos exigem que a educação resulte em uma melhoria do aluno, enquanto outros preferem uma definição de valor neutro do termo. Em um sentido ligeiramente diferente, a educação também pode se referir, não ao processo, mas ao produto desse processo: os estados mentais e as disposições possuídas pelas pessoas educadas. A educação originou-se como a transmissão do patrimônio cultural de uma geração para outra. Hoje, os objetivos educacionais abrangem cada vez mais novas ideias, como a libertação dos alunos, habilidades necessárias para a sociedade moderna, empatia e habilidades vocacionais complexas.Os tipos de educação são comumente divididos em educação formal, não formal e informal. A educação formal ocorre em instituições de ensino e formação, geralmente é estruturada por metas e objetivos curriculares, e a aprendizagem é tipicamente orientada por um professor. Na maioria das regiões, a educação formal é obrigatória até uma certa idade e comumente dividida em etapas educacionais, como jardim de infância, escola primária e escola secundária. A educação não formal ocorre como complemento ou alternativa à educação formal. Pode ser estruturado de acordo com arranjos educacionais, mas de maneira mais flexível, e geralmente ocorre em ambientes baseados na comunidade, no local de trabalho ou na sociedade civil. Por fim, a educação informal ocorre no cotidiano, na família, qualquer experiência que tenha efeito formativo sobre o modo de pensar, sentir ou agir pode ser considerada educativa, não intencional ou intencional. Na prática, há um continuum do altamente formalizado ao altamente informal, e a aprendizagem informal pode ocorrer em todos os três cenários. Por exemplo, homeschooling pode ser classificado como não formal ou informal, dependendo da estrutura.Independentemente do cenário, os métodos educacionais incluem ensino, treinamento, contação de histórias, discussão e pesquisa direcionada. A metodologia de ensino chama-se pedagogia. A educação é apoiada por uma variedade de diferentes filosofias, teorias e agendas de pesquisa empírica.Existem movimentos para reformas educacionais, como para melhorar a qualidade e eficiência da educação em direção à relevância na vida dos alunos e resolução eficiente de problemas na sociedade moderna ou futura em geral, ou por metodologias de educação baseadas em evidências. O direito à educação foi reconhecido por alguns governos e pelas Nações Unidas. As iniciativas globais visam alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, que promove educação de qualidade para todos.
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